A Vila da Fundação Casa Popular surgiu no contexto nacional e local de crise da habitação na década de 1940. Construída no bairro das Quintas, seu objetivo era fornecer moradia popular e acessível à população; no entanto, suas condições de salubridade não contemplavam os padrões ideais preconizados pelas instituições promotoras. À vista disso, objetiva-se compreender as ações tomadas pela Prefeitura do Natal e pela Fundação Casa Popular na produção do conjunto habitacional perante os preceitos higienistas. Para tanto, analisou-se de forma crítica reportagens em periódicos da época que buscavam expor o estado do assentamento. Ao mesmo tempo, foi realizada a revisão bibliográfica de autores que tratam do higienismo, da habitação social e da produção de moradias, no Brasil e na cidade de Natal, como: Andrade e Azevedo (1982), Bonduki (1998), Almeida (2007) e Ferreira et al. (2008), entre outros. A partir dos resultados, observou-se que a administração pública, municipal e federal tratou com negligência e descaso a implantação do conjunto e as condições socioeconômicas da população, relativas à construção da Vila Fundação, e condicionou seus moradores a situações degradantes de sobrevivência.
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