O tombamento dos bens brasileiros como patrimônio cultural foi instituído por meio do Decreto Lei nº 25 de 1937, que protege os bens móveis e imóveis assim como resguarda os monumentos naturais com valor paisagístico. Em meio a esse acervo que começaria a ser protegido, as ruínas também foram consideradas e inscritas nos Livros do Tombo. Desta maneira, a pesquisa objetiva a descrição dos processos de tombamento de ruínas para compreender os remanescentes e os escombros das demolições como parte dos imaginários da modernidade no Brasil. O relatório aborda dois casos de ruínas da região Nordeste: a Casa da Pólvora, localizada na Paraíba; e a Casa da Torre de Garcia d'Ávila e a Capela de Nossa Senhora da Conceição, situadas na Bahia. Utilizou-se, para isso, fontes primárias (processos de tombamento, catálogos e materiais iconográficos) e secundárias, a partir das quais procedeu-se à sistematização e à descrição dos casos, identificando as principais características do processo de chancela, com destaque para as questões de valoração do patrimônio por meio da tradição histórica e artística e do viés paisagístico. Por fim, compreendeu-se diferentes vertentes dos processos de tombamento e suas especificidades e se vislumbrou trajetórias que auxiliam no processo de continuação deste projeto de pesquisa, sendo elas a análise de documentos periódicos e iconográficos.
Palavras-chave
Patrimônio. Ruínas. Processos de tombamento. Tradição. Paisagem.
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