TEIXEIRA, Rubenilson Brazão. Do sagrado ao profano no espaço urbano da cidade potiguar. Preá, Natal, n.17, p. 34-38, 2006.

Coordenação: Rubenilson Brazão Teixeira
Período: 2006
Resumo:

A praça central, a praça da matriz, constitui um dos espaços urbanos mais marcantes das cidades do Rio Grande do Norte. Centro em torno do qual as cidades surgiram e se desenvolveram, ela se tornou uma marca indelével da formação de nossa urbanidade, como o é, aliás, em muitas outras regiões do Brasil e mesmo do mundo. No Rio Grande do Norte, em particular, este espaço representou muito mais do que um local de encontro e de festas, de procissões, de feiras semanais ou de comícios públicos, atividades que ainda se verificam nos dias de hoje em maior ou menor intensidade segundo a localidade. No passado, ele incorporava outros usos, certamente insólitos ao olhar contemporâneo: lugar de tortura e de suplícios, mas também de peças teatrais ao ar livre, de fandangos e cavalhadas, de festas e de jogos de negros e de índios; de manifestações teatrais da religiosidade individual e coletiva, como as orações públicas; campo de treinamento militar, espaço para licitações com vistas à construção de obras públicas; esplanada onde se liam e se fixavam ordens e editais reais, local de enterro. Foi também ambiente propício à prática de vaquejadas e arena de exibição dos senhores de escravos que, acompanhados desses seus trabalhadores forçados, desfilavam em cavalgaduras com cores berrantes, para assim demonstrar o seu prestígio diante da população local.

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