LIMA, Luiza Maria M. Modernismo à prestação: traços e linhas da arquitetura nas moradias financiadas pelos IAPS (Natal, décadas de 1940-60). 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - DARQ/UFRN. Natal, 2011. Orientador: Angela Lúcia Ferreira

Coordenação: Luiza Maria Medeiros de Lima
Período: 2011
Resumo:

Emergiam em Natal, em meio aos anos de 1930 e de 1960, novas linguagens na arquitetura. Tendências racionalizantes e elementos da arquitetura moderna disseminavam-se em prédios institucionais, equipamentos públicos e residências particulares. Paralelamente, instalavam-se na capital as primeiras instituições federais encarregadas de intervir diretamente no mercado de moradias por meio do financiamento para construção e aquisição de imóveis, além da produção direta de vilas e de conjuntos: os Institutos de Aposentadorias e Pensões - IAPs. Atualizados quanto ao debate acerca da "reformulação da moradia", profissionais articulados por esses órgãos propuseram obras que traduziram preceitos da arquitetura e do urbanismo modernos por vários centros do país. O objetivo deste trabalho é discutir a contribuição dos institutos para a difusão e a apropriação dos pressupostos veiculados no seio deste movimento na capital potiguar. Para tanto, construiu-se um panorama das condições históricas locais em quatro momentos e das operações imobiliárias realizadas pelos IAPs em cada período. Os dados primários provêem dos processos prediais arquivados no INSS-RN e armazenados no Banco de dados do HCUrb - inclusive o material gráfico dos projetos. Ao se buscar os vestígios e os traços que revelam inovações formais, técnicas ou espaciais, pôde-se perceber que os IAPs não só edificaram diretamente os conjuntos com claras referências ao ideário modernista, como colaboraram para a produção privada de moradias com novas conformações. Pode-se dizer que, ao dinamizarem o mercado com os financiamentos, inovações nas residências tornaram-se acessíveis aos beneficiários, pagas a longo prazo e em pequenas prestações. Essas inserções se apresentam em intensidades diferentes ao longo dos períodos, sendo mais -incisivas - entre as décadas de 1950 e 1960, quando profissionais alinhados com a arquitetura moderna passam a atuar na cidade, e, também, no corpo técnico dos IAPs. Esse trabalho contribui tanto para a reflexão sobre a circulação das idéias e do repertório modernista em Natal, como para se compreender o papel dos IAPs nesse processo.

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