Resumo:
A inauguração da primeira estação de bombeamento do Rio São Francisco, em 2015, nos remete a superação de um obstáculo e a criação, em 1909, de uma instituição voltada à elaboração de estudos para minorar os efeitos das estiagens prolongadas: a IOCS. A transposição do rio se constituiu numa solução sempre polêmica devido a sua questionável viabilidade técnica. Pretende-se aqui analisar o material cartográfico que sustentou as decisões acerca do uso e redistribuição de suas águas, tendo por base o "Mapa do Canal São Francisco-Jaguaribe" elaborado por Roberto Miller, em 1913, complementado por outros documentos históricos e relatórios oficiais. Embora a transposição se mostrasse tecnicamente inexequível, os conhecimentos sistematizados pelos profissionais envolvidos forneceram elementos para se construir uma cultura técnica sobre a região semiárida brasileira e para os planos de dominação territorial de uma área pouco integrada ao restante do país.
Palavras-chave: Cartografia histórica; saber técnico; nordeste/Brasil
Acesso completo em:
https://razoncartografica.files.wordpress.com/2017/06/6c2ba-simposio-iberoamericano-de-historia-de-la-cartografc3ada.pdf