Resumo: A compreensão da problemática das "secas" como parte do processo de articulação eficiente do território - da nação, da região ou da cidade -, que vinha se processando desde meados do século XIX, fundamentou-se em amplo escopo documental, dando base a delimitação conceitual de uma determinada dimensão: a técnica. Este material - de relatórios técnicos do governo central, imperial e republicano, aos esboços de cadernos de viagem; da confecção de material cartográfico e planilhas orçamentárias das pequenas e grandes obras aos documentos de contratação de profissionais e serviços; da criação de um corpus jurídico sobre a gestão das águas e das florestas aos embates nos periódicos especializados de vários campos profissionais - tem apontado para a transformação do tema em um problema-chave para se pensar (e planejar e agir sobre) o território do Brasil. Este trabalho propõe então refletir as possibilidades teóricas e conceituais, assim como as questões metodológicas, no trato desse conjunto de registros materiais e físicos que pode e tem sido mobilizado também para discutir a emergência e formação das modernas disciplinas voltadas para o conhecimento, gestão e transformação do território, do espaço e das cidades, como a geografia, as ciências sociais, a arquitetura e o urbanismo. Isto é, aponta para a necessidade de debater a noção e a possibilidade de se falar em cultura técnica moderna no Brasil.
Palavras-chave: secas; técnica; profissionais técnicos; cultura; historiografia
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