FERREIRA, Angela Lúcia ; DANTAS, George A. F. ; FARIAS, Hélio T. M. . Pensar e agir sobre o território das secas: Planejamento e cultura técnica no Brasil (1870-1920). Vivência (UFRN), Natal, n. 34, p. 41-62, 2008.

Coordenação: Angela Lúcia Ferreira; George Alexandre Ferreira Dantas; Hélio Takashi Maciel de Farias
Período: 2008
Resumo:

Problematizadas até a atualidade pela literatura, as secas ajudaram a delimitar (cultural e geograficamente) o Nordeste como região - processo no qual podem ser desveladas, portanto, questões sobre as características da modernização nacional e da configuração do território das secas. Este artigo pretende debater a construção desse território como parte estrutural das discussões sobre a formação da nação na virada para o século XX e, principalmente, da constituição de uma cultura técnica moderna no Brasil. Afinal, as secas configuraram um espaço de embates técnicos e políticos em torno do qual saberes se forjaram e/ou foram postos à prova. Ao pensar e propor soluções para a estruturação do território nos sertões, importantes técnicos, como Saturnino de Brito, Aarão Reis e Henrique de Novaes, ajudaram a construir e delimitar (conceitualmente) um território como objeto de estudo e de intervenção (planificada, articulada, multidisciplinar) e, concomitante, um olhar para abarcar esse novo objeto. Destarte, deve-se questionar quais matrizes teóricas, representações e instrumentos se revelam e se transformam nessa operação intelectiva e prática. Por fim, são discutidas algumas possíveis relações entre o pensar e o agir sobre o território e sobre a cidade. Palavras-chave: estruturação do território; secas; saberes técnicos.

Texto completo disponível: Download
Link para o artigo:

http://www.cchla.ufrn.br/Vivencia/sumarios/34/PDF%20para%20INTERNET_34/04_Angela_George_H%C3%A9lio.pdf