(Trabalho apresentado no XIV ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR)
A partir de meados do século XIX, a articulação sistematizada do território da nação brasileira seria formulada como um ponto chave para a estruturação da economia e da sociedade modernas. Intento que ultrapassava as velhas demandas de controle geopolítico que o problema das estiagens prolongadas nas ?províncias do norte? impedia. Falar de uma nova estrutura territorial pressupõe indagar: Que conhecimentos e informações iconográficas, para aqueles que adentraram no ?Brasil desconhecido?, tinham acerca do território que estava sendo transformado? Discutir as pertinências e os limites do uso das fontes cartográficas como documentos que permitam ao pesquisador compreender as ações sistematizadas sobre o território nordestino é o objetivo deste trabalho. Para tanto, privilegiar-se-á o ?Atlas do Imperio do Brazil?, organizado e publicado por Cândido Mendes de Almeida, em 1868, com ênfase nas províncias mais atingidas pelas secas: CE, RN, PE e PB. O Atlas é lido assim dentro da trama de relações da formação da cultura técnica moderna no Brasil e, mais especificamente, com os processos que levariam à definição da região Nordeste.
Download