DANTAS, George A. F. A formação das representações sobre a cidade colonial no Brasil. 2009. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - EESC/USP. São Carlos, 2009. Orientador: Carlos Roberto Monteiro

Período: 2009
Resumo:

A crítica da cidade colonial foi um dos principais temas nas discussões e justificativas para as reformas e melhoramentos por que passaram muitas cidades na virada para o século XX. Desde aquelas mais importantes administrativa e economicamente nos três primeiros séculos de colonização, como o Rio de Janeiro, Salvador e Recife, até as que pouca relevância tinham na incipiente rede urbana do período colonial, como Natal, a crítica repetiu-se, homogeneamente à primeira vista, nas várias cidades em transformação, independente das particularidades das várias estruturas urbanas e da maior ou menor irregularidade dos seus traçados. Para além da questão sobre a existência ou não de planejamento por parte do colonizador português, esta tese discute como se formaram as representações sobre a cidade colonial no Brasil. Nas trilhas dessa imagem construída amiúde em negativo, aborda-se: a leitura empreendida pelos viajantes estrangeiros no início do século XIX, com ênfase no livro de Henry Koster, Travels in Brazil (1816); a problematização e instrumentalização do tema em meio às formulações higienista e sanitarista sobre a necessidade de reformar e modernizar o espaço urbano ao longo do século XIX; da mesma maneira, no processo de formação do campo disciplinar do urbanismo no Brasil na virada para o século XX; e, a apropriação do tema na constituição da historiografia sobre a arquitetura brasileira. Por fim, tecem-se algumas considerações sobre o texto que seria tomado como o momento fundante dessa representação: o capítulo "O semeador e o ladrilhador", de Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda. 

Trabalho completo em: 

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