Componentes: Breno de Assis Silva Araújo ; Paulo Vitor P. Cardoso; Angela Lúcia de A. Ferreira

Período: 2021

Resumo:

A sede do município de Mossoró passou por modificações estruturais em sua configuração espacial - entre as décadas de 1920 e 1950 - viabilizadas pela reestruturação produtiva que ali ocorria, induzindo o advento de uma sociedade urbano-industrial, e pela presença marcante da estrada de ferro. Tal eclosão, não acompanhada pela expansão dos serviços públicos, indicou a necessidade de desenho e de ordenação territorial capazes de atender determinações do Estado e nortear o processo de crescimento físico, levando a demanda por confecção de plantas da cidade pelo poder público. Essas peças isoladas ou parte de planos são condensadoras da imagem concreta e idealizada do espaço urbano. Assim, o objetivo do trabalho é depreender a materialização e expressões da expansão física de Mossoró na representação cartográfica da cidade elaborada à época. O estudo deu-se a partir da avaliação de dois exemplares elaboradas em 1940 e 1953, pelo engenheiro José Carlos Pedro Grande e pelo Escritório Saturnino de Brito, respectivamente. A análise assentou-se em referencial teórico que versa sobre a Cartografia Urbana  e o fenômeno da Produção do Espaço Urbano. O exame dos mapas individualmente e a sua comparação, abalizados por peças cartográficas de momentos anteriores, possibilitaram a leitura das transformações ocorridas em Mossoró no período que os tangencia, por meio dos elementos materiais expressos em suas representações, ademais da identificação de ícones do Urbanismo Moderno e da Cartografia Urbana no Brasil: Novaes, Grande e ESB.