O Ciclo de Palestras sobre Redes Urbanas no Semiárido Brasileiro tem como objetivo discutir as implicações e decorrências da produção do espaço - seus processos e agentes - na reestruturação territorial e na transformação da paisagem, resultantes da formação de uma trama de cidades e suas hinterlândias interconectadas e hierarquizadas. O ciclo constará da sequência de 09 (nove) palestras, tendo em cada sessão a presença de um estudioso no assunto. O evento é promovido pelo Departamento de Arquitetura (DARQ) e pelos programas de pós-graduação em Estudos Urbanos e Regionais (PPEUR) e em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Data: 14 de setembro a 23 de novembro 2021 (às terças-feiras) Horário: 15h às 17:00h Transmissão: meet.google.com/bwf-cdpn-akh Coordenadoras: Professoras Angela Lucia Ferreira (UFRN) e Tamms Maria da Conceição Morais Campos (UFERSA). Todos as palestras realizadas estão disponíveis em nosso canal do Youtube: TV HCUrb. Acesso aos vídeos: https://www.youtube.com/playlist?list=PLzcrj6GhvIJeXs9Jfgbu1DkHw7Zjj6Mnw
Mais de 50 curtas produzidos nos últimos cinco anos em disciplinas da pós-graduação e graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFRN. Teve início no dia 10 de junho a mostra "Mosaicos Audiovisuais". A Ação de Extensão ocorre a cada quinta-feira, duas vezes por mês, é parte do Projeto de Extensão "Apre(e)nder a cidade: percepção, educação e vivências sobre o patrimônio", coordenado pelo prof. George Dantas e aprovado pela Pró-Reitoria de Extensão da UFRN para execução em 2021. A mostra tem curadoria do professor/pós-doutorando Frederico Luna. Durante este período, foram produzidos/realizados curtas-documentários - com duração que varia de 1 a 16 minutos - a partir dos aportes, discussões e orientações em sala de aula. A programação está programada até o fim do ano, com continuidade em 2022. Em seguida às exibições, os alunos-realizadores participam de roda de conversas e debates. Devido à pandemia, os encontros ocorrem via Live no YouTube. Compondo esse conjunto, a mostra também recebe documentários produzidos fora de Natal, oriundos também de outros estados. Em seguida às exibições, os eventos ficam disponíveis no canal TV HCUrb na plataforma YouTube, ampliando o acesso ao público diverso. O Grupo HCUrb teve e tem importância fundamental nesta caminhada. Canal TV HCUrb no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCgTDj23rL7tkWhb_7T1VN6g/videos
 
No dia 11 de março de 2021 ocorreu a palestra Higienismo e Sanitarismo no Brasil da Primeira República: Historiografia das epidemias, proferida pelo Prof. Carlos Roberto Monteiro de Andrade (IAU/USP). A palestra é parte das atividades articuladas pela rede de pesquisa História Urbana e do Território, sediada na UFRN e composta pelo HCUrb e por grupos de pesquisa da UFERSA, UFPB, Universidad Nacional de Mar del Plata (Argentina) e Universidad del Pais Vasco (Espanha). O professor Carlos de Andrade (IAUUSP) é arquiteto, urbanista e sociólogo. Fez mestrado e doutorado na FAUUSP e pós-doutorado no Politécnico de Milão (entre 2008 e 2009). É um dos pesquisadores responsáveis pela renovação dos estudos de história urbana, da arquitetura e do urbanismo a partir dos anos 1990 no Brasil. Autor de "A peste e o plano: o urbanismo sanitarista do engenheiro Saturnino de Brito" (FAUUSP, 1992) e "Barry Parker: um arquiteto inglês na cidade de São Paulo" (FAUUSP, 1998), trabalhos que se tornariam referências importantes, junto com diversos outros trabalhos sobre cidade novas planejadas no Brasil, patrimônio, circulação e trajetórias de profissionais, dentre outros. O evento virtual teve uma repercussão totalmente positiva, alçando aproximadamente uma centena de participantes, dentre professores e alunos de vários cursos e diversas instituições.
No limiar do século XX, a região Oeste do Rio Grande do Norte carecia de uma infraestrutura viária que permitisse escoar o que era produzido na porção interiorana do território para o mercado externo, acarretando no não aproveitamento deste importante polo de produção agrícola do estado. A institucionalização das "Obras Contra as Secas", por meio da ação da IOCS, permitiu a concretização de um desejo antigo das elites mossoroenses: a construção da ferrovia Mossoró-Souza, interligando o porto de Areia Branca ao interior do sertão norte-rio-grandense. Mas, de que forma essa estrada de ferro influenciou na consolidação de um encadeamento entre os assentamentos humanos ao longo do trajeto? Destarte, o objetivo do presente trabalho consiste em compreender o papel da estrutura ferroviária na constituição de uma rede urbana na mesorregião Oeste do RN, mediada pela centralidade regional mossoroense. Para tanto, toma-se como constructo teórico central os conceitos de redes técnicas e lugares centrais, a partir das discussões propostas por autores como Corrêa (1989), Dias (2000, 2005) e Santos (2008, 2009). Tais aportes fundamentaram sua confrontação com a historiografia local e a leitura crítica dos dados contidos nos relatórios governamentais. Verifica-se, efetivamente, o desenho de uma tessitura de pontos nodais articulados, hierarquizados e constituidores de uma hinterlândia comandados por um centro gestor: Mossoró. Acesso ao relatório completo: https://drive.google.com/file/d/1L_naj_jctEB6l vhVjAVGG5EmrK8j7eIR/view?usp=sharing Acesso ao vídeo: https://youtu.be/Z9mnSkJvYz4
 
Um dos exemplares da arquitetura modernista residencial, resistente em Natal, foi projetado pelo destacado engenheiro Milson Dantas na década de 1960. Fez parte da produção imobiliária estimulada pelo Governo Federal, através dos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP), disseminadora dos princípios racionalistas, a partir dos anos 1930. Dantas foi avaliador, projetista e construtor, ademais de criador de um sistema de pavimentação de ruas e estradas. A permanência de uma de suas obras, o sobrado localizado na Rua Mossoró e sua vida profissional geram inquietações quanto ao alcance das ideias iniciais propostas. Assim, pretende-se analisar a adaptabilidade dos preceitos modernistas na funcionalidade dos espaços contemporâneos, contribuindo para o conhecimento da participação de Dantas na Natal Moderna e para discutir os conceitos de projetos e patrimônio. Partiu-se da literatura acerca do modernismo e da atividade das Instituições de Previdência no financiamento de imóveis no Brasil e em Natal. Sobre a formação e influências vividas pelo engenheiro utilizou-se dos aportes documentais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pernambuco (CREA-PE), além de fontes audiovisuais do acervo do HCUrb no estudo do grau de modificações em relação ao seu projeto. Desse modo, ressalta-se o espírito inventivo de Milson Dantas e a utilização de elementos modernistas em suas obras adequadas à realidade natalense até o momento. Acesso ao relatório completo: https://drive.google.com/file/d/1L_naj_jctEB6 lvhVjAVGG5EmrK8j7eIR/view?usp=sharing Acesso de acesso ao vídeo: https://youtu.be/OqqfgykR1Dg
O aumento demográfico de Mossoró entre as décadas de 1940 e 1970 evidencia demandas próprias de uma cidade em crescimento: novos serviços, atividades e espaços de moradia. Tal contexto, sobretudo, implicou em ações de ordenamento para direcionar a ocupação do seu espaço físico, que tanto se utilizaram como geraram imagens gráficas de representação dos elementos constituintes da configuração existente, do pensado e do planejado para enfrentar os problemas surgidos. Mas, de que forma o traçado das vias, a delimitação das quadras, a indicação de elementos naturais e construídos presentes nos mapas elaborados nas décadas de 1940, 1950 e 1960 podem ser usados para entender os projetos e a expansão urbana de Mossoró? A cartografia é essencial para estabelecer o controle e gestão sobre o território, atendendo a diversos interesses (FERREIRA et al, 2014) e dá visibilidade a significados do espaço produzido social e historicamente (FIALHO, 2007). Assim, analisar a participação da idealização e registro do processo de produção urbana de Mossoró na leitura presente nessas representações cartográficas é o objetivo do trabalho. Para tal concretizou-se, com base na revisão bibliográfica, a sistematização dos dados e a comparação dos mapas, seus elementos e as condições históricas de sua confecção. A cartografia proporcionou a compreensão sobre o território na qual foi possível ver, em diferentes momentos, a expansão concreta da cidade, atendendo, em parte, a sistematização pensada outrora. Acesso ao relatório completo: https://drive.google.com/file/d/1UAHEgjslY J_2nZvG6RTmEkdKVJ9IHlwS/view?usp=sharing Acesso ao vídeo: https://youtu.be/OqqfgykR1Dg
 
Em Natal, no Conjunto Nova Tirol adotou-se uma nova linguagem circulante no Brasil, influenciada pelo estilo modernista efervescente entre as décadas de 1940 e 1960. Nessa época, ocorreram várias transformações arquitetônicas, com a inserção do estilo modernista na esfera das moradias devido a participação dos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) na crescente produção habitacional. Pensamentos e percepções de profissionais e estudiosos, e moradores desse conjunto constituem elementos importantes na difusão de ideias inovadoras compreendidas na época. Pretende-se, assim, interpretar o olhar dos atores e personagens na leitura atual da edificação, visto que, como marcador de uma época, o valor que lhe é dado pode influir na sua preservação hoje. Para a análise das falas foi necessária a elaboração de um vídeo síntese, base da análise, a fim de reunir as opiniões dentro de tópicos, são eles: Noção dos moradores do "moderno", Ressignificação, reuso e preservação da casa; Memória afetiva, social e arquitetônica, Definições de Patrimônio, Identidade, Demolições e Natal antiga. Com uma discussão em torno da preservação como consequência desse reconhecimento do valor patrimonial, notou-se o anseio na preservação da obra advindo do laço afetivo que os moradores possuem. Há, entretanto, um choque entre a forma e o porquê dessa manutenção e a conservação dos traços modernistas da edificação, dado que sobressai o desejo de conforto, segurança e "modernidade" dos moradores. Acesso ao relatório completo: https://drive.google.com/file/d/1ejxQAcj5qxi cd_EE5sgTL2TEN6kLBFV5/view?usp=sharing Acesso ao vídeo: https://youtu.be/kk7uyYxFFOg
""La historia de la arquitectura es la historia de las enfermedades infecciosas. No se pueden separar". Quien habla así es Beatriz Colomina, arquitecta y una de las teóricas más importantes en la relación entre arquitectura y sanidad. "Las ciudades siempre han respondido a la enfermedad. Están hechas a base de capas y capas de respuestas a epidemias y a amenazas de enfermedad de todo tipo". Precisamente, en su libro 'X-Ray Architecture', Colomina investiga la estrecha relación entre las epidemias de tuberculosis de los siglos XIX y XX y la formación del estilo moderno de la mano de los Le Corbusier, Neutra, Gropius o Aalto. Y es que, durante décadas, no existió un remedio eficaz contra la bacteria. Y lo único que parecía funcionar eran el sol, la limpieza y el descanso. Por eso todos los grandes arquitectos y diseñadores de la época se lanzaron a diseñar hospitales con ventanas más grandes, sanatorios con enormes terrazas, viviendas elevadas para huir de los gérmenes y muebles aerodinámicos donde el polvo no se pudiera esconder. Y así nació la arquitectura moderna, el gran ejemplo de cómo las epidemias han dibujado desde siempre la forma de nuestras ciudades. Todo esto y más, en el vídeo explicativo sobre estas líneas." Matéria disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qsaZPRbh3cs
 
Apresentação do professor Rubenilson no evento Colonial Cities in Global Perspective. An International Conference of The Global History Network.
A arquitetura rural do século XIX no Nordeste tem características próprias para dar conta de sua produção de rapadura e farinha, assim como encontrar algum conforto -- mesmo que modesto -- no calor dessa região do sertão potiguar conhecida como Seridó. Com pouco esforço de preservação, há pressa em estudar, documentar e entender a importância dessas construções únicas. Nathália Maria Montenegro Diniz saiu do Rio Grande do Norte, onde nasceu, cresceu e se formou arquiteta, para fazer a pós-graduação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Paradoxalmente, veio para a capital paulista para mergulhar ainda mais a fundo na arquitetura das fazendas de sua terra. O resultado é a dissertação de mestrado Velhas fazendas da Ribeira do Seridó (defendida em 2008) e a tese de doutorado Um sertão entre tantos outros: fazendas de gado nas Ribeiras do Norte (em 2013), ambas realizadas sob orientação de Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno. Esses estudos deram origem a um novo projeto de pesquisa, vencedor da 10ª edição do Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica -- Clarival do Prado Valladares, divulgado em dezembro. Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=nTeW7vpTrMs Saiba mais na reportagem "Outros sertões": revistapesquisa.fapesp.br/2014/02/12/outros-sertoes/
 
A enfiteuse, direito jurídico que permite ao proprietário transmitir a outrem o Domínio Útil de um terreno, constitui resquício de uma estrutura colonial que perdura em muitas cidades do Brasil como é o caso da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Pau dos Ferros-RN. Proprietária de uma expressiva área da cidade há quase trezentos anos, a discussão se aprofunda quando a instituição, cuja imagem se faz historicamente ligada à sua função social, parece seguir a mesma lógica do mercado ao tratar a terra como mercadoria. (...). Trabalho enviado para o eCICT-2017. Orientação: profa. Angela Lúcia Ferreira. Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=NVkk93cJfEc
A Vila Ferroviária das Rocas, localizada nas proximidades do antigo complexo da Estrada de Ferro Sampaio Correia em Natal, teve sua construção iniciada na década de 1950. Uma questão, entretanto, impactou a realidade do conjunto de casas desde seu início: a falta de saneamento. A despeito da preocupação estética observada em sua configuração modernista, o aparente anseio por baixar custos precarizou a qualidade das moradias, de forma que os trabalhadores foram impedidos de habitar as casas devido à falta de condições higiênicas adequadas. (...) Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=4ZCMWOqPVYw
 
A produção cartográfica empreendida no semiárido brasileiro pela Inspetoria (Federal) de Obras Contra as Secas (IOCS - 1909, IFOCS - 1919) no início do século XX teve função de embasar ações técnicas de mitigação dos efeitos das estiagens, mas relações não aparentes à leitura vulgar desses mapas podem emergir com a aplicação do estudo cartográfico. (...). Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=JGoFtmSLNVQ&t=19s
Vídeo da bolsista de Iniciação Científica Ana Luísa Dantas, estudante de arquitetura e urbanismo da UFRN, para o eCICT 2017: "Demolições e sensibilidades: uma investigação sobre os debates das cidades em (des)construção". O processo de modernização da América Latina, do final do século XIX e início do século XX, foi marcado por importantes reformas urbanas que implicaram na demolição de várias partes da cidade, ao mesmo tempo em que se expressava uma forte aversão à cidade colonial, a qual fomentou a renovação da arquitetura e estimulou sua adequação aos moldes modernos da época. Orientador: prof. George Dantas. Assessoria técnica: Pesquisador Associado, jornalista Fred Luna. Vídeo selecionado para o prêmio Destaque do evento. Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=l28rL_c_UXs
 
Alguns lugares são MUDOS. Outros FALAM. Outros, mais raros, CANTAM. Há empatia, se nossas almas coincidem. Quando não, mesmo assim, podemos admirar seu vigor - se têm forte personalidade. Link para acesso; https://www.youtube.com/watch?v=R9NrWaZi6uk&list= UU8GKmH2AMAxMS4elN0IHD7Q&index=11