(Trabalho apresentado no III Encontro Nacional de História do Pensamento Geográfico e I Encontro Nacional de Geografia Histórica)
Os debates, nas sessões do Instituto Politécnico, que se seguiram à devastadora seca de 1877, permitiram uma mudança na orientação das ações estatais para intervenções sistematizadas e com o amparo de profissionais qualificados. No cerne das discussões, a construção de grandes reservatórios de água dividiam opiniões quanto as suas vantagens sobre a influência climática. Buscar entender as repercussões desses debates na justificativa da construção de barragens e açudes é o objetivo deste trabalho, que visa levantar elementos acerca da relação homem ambiente na ?criação? da Região Nordeste. Para tanto, sob o viés da História Ambiental, recorreu-se aos artigos publicados em periódicos e em livros por atores envolvidos com a problemática das secas e aos relatórios técnicos elaborados por órgãos governamentais. As ressonâncias de teorias surgidas em fóruns científicos do século XIX se mantiveram nas argumentações para a construção de barragens, no início do XX, e foram fundamentais para legitimar sua execução, como o caso do Gargalheiras, no munícipio de Acari/RN. Palavras-chave: Alteração climática, Engenharia, Açudes, Secas, Rio Grande do Norte.
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