Em 21 de março de 1909, Manoel Dantas - membro das elites potiguares fez uma
conferência sobre o futuro de Natal. A narrativa de seu discurso apresentava uma
fantástica transformação física da cidade que, ao possuir grandiosa infraestrutura
incorporadora de existentes ou imaginadas inovações tecnológicas, a tornaria uma das
maiores metrópoles mundiais. Natal, que naquele momento, possuía ainda "indesejáveis" traços coloniais, testemunhava a diversas reformas e melhoramentos,
incitando o conferencista a vislumbrar sobre uma cidade futuro-utópica. É objetivo do
trabalho discutir o conteúdo e sua origem, a forma espacial e as repercussões da visão
de Dantas para a Natal de 1959 no contexto histórico da cidade real do início do século
XX. O texto exposto e as notícias dos jornais da época, revelam o importante papel de
arauto da modernidade que o palestrante assumia, clamando as elites norte riograndenses
a apoiar, ainda que dispendioso, o processo em curso, com possibilidade de
arquitetar, cinquenta anos depois, a desejada cidade moderna.
Palavras-Chaves: discurso, narrativa futurista, imaginário urbano, elites, inovações
tecnológicas, Natal-Brasil.
Trabalho completo em:
http://www.ub.edu/geocrit/xiv-coloquio/FerreiraOliveiraSimonini.pdf