(Trabalho Publicado na Revista Brasileira de Estudos Urbanos volume 13 número 2)
Em meados do século XIX, a articulação sistematizada do território da nação brasileira foi formulada como ponto-chave para a estruturação da economia e da sociedade modernas. Esse intento ultrapassava as antigas demandas de controle geopolítico e encontrou nas estiagens prolongadas nas ?províncias do norte? um sério problema. Falar de nova estrutura territorial pressupõe indagar: que conhecimentos e informações iconográficas sobre o território em reorganização tinham aqueles que adentraram no ?Brasil desconhecido?? Discutir pertinências e limites do uso das fontes cartográficas como documentos que permitam compreender as ações sistematizadas sobre o território nordestino é o objetivo deste artigo. Para tanto, privilegiar-se-á o ?Atlas do Império do Brazil?, organizado por Cândido Mendes de Almeida, em 1868, com ênfase nas províncias mais atingidas pelas secas: CE, RN, PE e PB. O Atlas é lido assim dentro da trama de relações da formação da cultura técnica moderna no Brasil e, mais especificamente, dos processos que levariam à definição da região Nordeste. Palavras - chave: Atlas; Cândido Mendes; cultura técnica; Império; reconfiguração territorial; Nordeste/Brasil.
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